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2012 - Livro Vermelho 2013

Polybotrya speciosa Schott LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 09-05-2012

Criterio:

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie com EOO nos Estados do Sudeste e Bahia, coletada frequentemente, inclusive no Estado de São Paulo onde foi considerada "Presumivelmente extinta" (PE).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Polybotrya speciosa Schott;

Família: Dryopteridaceae

Sinônimos:

  • > Polybotrya rosenstockiana ;
  • > Polybotrya osmundacea subsp. crispopaleacea ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Distribuição

A espécie é encontrada nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro (Prado, 2012).Em Minas Gerais, a espécie ocorre em altitude entre 250 e 1.400 m (Garcia; Salino, 2008).

Ecologia

Em Minas Gerais a espécie é encontrada em floresta estacional semidecudual submontana (Melo; Salino, 2002) e no quadrilátero ferrífero, numa transição fitogeográfica entre mata atlântica e Cerrado (Figueiredo; Salino, 2005).Ocupa ambientes úmido e sombreado, tais como o interior de mata ombrófila e margem de curso d'água (Figueiredo; Salino, 2005). A espécie foi inicialmente descrita como endêmica das montanhas da Serra do Mar (Moran, 1987)Possuí hábito hemiepífita, raramente epífita (Garcia; Salino, 2008).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A Estação Biológica de Caratinga (MG) compreende 880 ha deremanescentes da mata Atlântica, tendo a maior parte sob variadasformas de exploração desde o corte seletivo até a derrubada totalpara o estabelecimento de pastagem. Segundo moradores da região,algumas áreas hoje cobertas por florestas foram cafezais há mais de40 anos atrás e parte da mata sofreu um último grande incêndio hácerca de 30-40 anos (Silva, 1993).

1.7 Fire
Detalhes O Parque Nacional de Itatiaia (RJ) tem área de 29.000 ha coberto por vegetação de campos de altitude. Muitos proprietários rurais com propriedades inseridas em áreas campestres contíguas aos campos de altitude tem seu sustento na atividade agropastoril e utilizam fogo em seu manejo, uma prática que aumenta o risco do fogo se alastrar para fora da propriedade e atingir a unidade de conservação (SNUC). Em cerca de 20 anos, o parque teve aproximadamente 323 focos de incêndio, sendo 89 acima de 1.600 m de altitude. Estima-se que o total de incêndios queimou 5036,15 ha de vegetação. Um registro histórico em especial relata que em 1963 houve um incêndio que atingiu cerca de 10.000 ha, permanecendo ativo por mais de 40 dias. O autor do trabalho alerta que devido a falta de dados mais completos os valores podem estar subestimados. Devido ao parque ter áreas de difícil locomoção, mesmo os incêndios de menores proporções são de difícil combate (Aximoff, 2011).

1.4 Infrastructure development
Detalhes No Rio de Janeiro, o acelerado crescimento urbano das cidades do entorno; os incêndios a partir de propriedades vizinhas; as invasões da área do Parque por caçadores, coletores ou visitantes irregulares, especialmente nas áreas da BR-116 são ameaças ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Plano de Manejo do PARNASO)

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Extinta" (EX), segundo a Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie é encontrada nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Parque Nacional do Pau Brasil, BA, Reserva Biológica Augusto Ruschi, ES, Parque Nacional Serra dos Órgãos, Reserva Biológica de Poço das Antas, Parque Nacional do Itatiaia, RJ, Parque Estadual da Ilha Anchieta, Parque Estadual da Serra do Mar, SP, Parque Estadual Alto Cariri, Parque Estadual do Ibitipoca (CNCFlora 2011), Estação Biológica Caratinga, Parque Estadual do Vale do Rio Doce (Melo; Salino 2002), Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, Parque Natural do Caraça, Parque Natural Municipal do Ribeirão do Campo, APA Felício, RPPN de Tumbá, Parque Estadual de Sete Salões, Parque Nacional da Serra da Canastra e RPPN Mata do Sossego, MG (Garcia; Salino, 2008)

Referências

- AXIMOFF, I. O que perdemos com a passagem do fogo pelos campos de altitude do estado do Rio de Janeiro?. Biodiversidade Brasileira, v. 2, p. 180-200, 2011.

- SILVA, L. V. C. Comparação fitossociológica entre duas amostragens numa área de clareira em anos consecutivos, Estação Biológica de Caratinga, MG. Acta Botanica Brasilica, v. 7, n. 1, p. 127, 1993.

- MORAN, R.C. Monograph of the neotropical fern genus Polybotrya (Dryopteridaceae). Illinois Natural History Survey Bulletin, v. 34, n. 1, p. 1-138, 1987.

- GARCIA, P. A.; SALINO, A. Dryopteridaceae (Polypodiopsida) no estado de Minas Gerais, Brasil. Lundiana, v. 9, n. 1, p. 3-27, 2008.

- MELO, L. C. N.; SALINO, A. Pteridófitas de duas áreas de floresta da Bacia do Rio Doce no estado de Minas Gerais, Brasil. Lundiana, v. 3, n. 2, p. 129-139, 2002.

- FIGUEIREDO, J. B.; SALINO, A. Pteridófitas de quatro reservas particulares do patrimônio natural ao sul da região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Lundiana, v. 6, n. 2, p. 83-94, 2005.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Plano de manejo do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, v.Encarte 3, 2008.

- SALINO, A.; ALMEIDA, T. E.; MELO, L. C. N. Dryopteriaceae. In: STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A.; SOBRAL, M. COSTA, D. P. KAMINO, L. H. Y. Plantas da floresta atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.516, 2009.

- PRADO, J. Polybotrya in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB091122>.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, SÃO PAULO. SMA-SP. RESOLUçãO SMA N. 48 DE 2004. Lista oficial das espécies da flora do Estado de São Paulo ameaçadas de extinção, Diário Oficial do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.

- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.

Como citar

CNCFlora. Polybotrya speciosa in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Polybotrya speciosa>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 09/05/2012 - 18:37:15